Gamificação no treinamento: evite erros comuns

Oferecer treinamentos corporativos que prendem a atenção do colaborador e transformam o momento do aprendizado em algo leve e com maior capacidade de absorção do conteúdo, pode não parecer uma tarefa simples, sobretudo quando se trata de temas mais técnicos e complexos.

Hoje existem plataformas, sistemas e recursos especializados em trazer dinamismo para a educação corporativa, e o principal deles é o processo de gamificação.

O que é o processo de gamificação?

O termo gamificação é derivado do inglês, gamification, e está relacionado ao processo de atribuir funções e atributos dos games (jogos) para o ambiente de estudo. Através desse processo é possível dinamizar os conteúdos, jornadas de aprendizagem e criar uma abordagem mais familiar, intuitiva e lúdica.

Trazendo recursos da gamificação para os treinamentos corporativos, eles tendem a ficar mais amigáveis e despertar o interesse do colaborador, além de gerar mais interação entre os participantes, ainda que de forma virtual.

Porém, para que os treinamentos gamificados tragam os resultados esperados, é preciso contar com uma boa estratégia para ser aplicada no processo de gamificação, e que permita a geração de relatórios e o acompanhamento por indicadores.

Como a gamificação pode trazer dinamismo para a aprendizagem corporativa?

Para que o processo de gamificação não seja apenas uma boa experiência para o colaborador, mas se transforme em vantagens para a empresa, é preciso contar com algumas técnicas como:

• Storytelling: é a prática de construir uma história, um enredo que “amarre” o jogo, de forma a despertar a curiosidade e interesse do participante, que fica mais entretido e engajado.
• Personalização de personagens: Assim como em qualquer jogo, é possível criar uma experiência única permitindo que o usuário crie seu próprio avatar para interagir na plataforma.
• Criação de fases, missões e desafios: para se tornar empolgante e desafiador, os games contam com diversos níveis, assim como a realização de missões e desafios durante a jornada. Na educação corporativa isso também é possível, ao dividir os conteúdos dos treinamentos em fases.
• Sistema de pontuação: com base nessa técnica de gamificação, é possível criar uma competição saudável entre os colaboradores, visando fixar o conteúdo e atribuindo pontos baseados na performance e avanço de cada um dentro do treinamento. Além de trazer mais dinamismo, os pontos gerados servem como indicadores individuais de cada colaborador.
• Prêmios e recompensas: assim como o vencedor de um game é premiado com medalhas e troféus, para incentivar a jornada do conhecimento, é possível criar um ranking de premiação e oferecer recompensa para os colaboradores que obtiverem destaque.

A importância do planejamento do processo de gamificação 

Para que seja uma experiência positiva e geradora de resultados para a companhia, a estrutura de implementação do processo de gamificação precisa ser assertiva. Do contrário, os colaboradores não irão se engajar com essa iniciativa, e isso pode comprometer os resultados e investimentos na aprendizagem corporativa.

Confira os principais pontos a serem considerados no planejamento do processo de gamificação:

• Mapeamento das necessidades da empresa que podem ser solucionadas através de treinamentos;
• Definição de objetivos;
• Clareza da estratégia e da estrutura interna para colocá-la em prática;
• Alinhamento com a cultura organizacional e lideranças da empresa;
• Pesquisas e testes preliminares para garantir uma execução de excelência;
• Desenvolvimento ou contratação de parceiro ou plataforma especializada em gestão do conhecimento;
• Definição e acompanhamento de indicadores e relatórios.

3 erros comuns que podem levar sua estratégia de gamificação ao fracasso

Algumas empresas acabaram gerando um gasto para elas mesmas ao invés de investimento, por terem caído em erros comuns no processo de gamificação de treinamentos. Aqui vão os 3 principais que você deve evitar para obter sucesso na implementação dessa prática:

1. Não contar com um plano de comunicação interna. É preciso que os colaboradores compreendam e valorizem essa iniciativa. Faça momentos prévios e comunique com clareza os objetivos e benefícios da prática da aprendizagem corporativa.
2. Oferecer treinamentos apenas de forma pontual. A gestão do conhecimento deve ser uma iniciativa perene na companhia, pois ela está atrelada ao desenvolvimento e crescimento de colaboradores e empresa.
3. Não contar com uma solução de tecnologia educacional. Para oferecer uma experiência engajadora, é preciso ter uma ferramenta especializada, gerando assim facilidade, flexibilidade e satisfação.